Saw - Crítica

Poster de Saw

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Dois homens acordam em lados opostos de uma casa-de-banho. Só por si, esta situação já é esquista. Mas, e se eles acordarem acorrentados a canos, não sabendo como ali foram parar e com um cadáver entre os dois? E se depois ainda vierem a descobrir que são a diversão de um assassino misterioso? É assim que começa Saw – Enigma Mortal.
Uma das frases promocionais do filme é “Melhor que Seven – Sete Pecados Mortais!”, um facto falso. Não me interpretem mal. O filme é bom, realmente, mas Seven tem um “charme” que falta a Saw. Embora a maior parte do argumento do estreante Leigh Whannell e a realização (louca) de James Wan sejam irrepreensíveis, o mesmo não se pode dizer dos actores. Cary Elwes é demasiado artificial e as suas reacções parecem mecânicas; Monica Potter não convence como a mãe assustada; e a jovem Mackenzie Vega chega a irritar com o seu choro repetitivo. Por outro lado, a sub-trama do detective Danny Glover poderia muito bem ter sido deixada de lado, ou pelo menos, reduzida.
Atenção! Saw não tem apenas pontos maus. “Jigsaw” é um assassino inteligente e com motivos compreensíveis para castigar quem não dá valor à vida (o palhaço ficará para sempre nas nossas cabeças) e a sua voz é simplesmente aterradora; e Leigh Whannell mostra que além de ser um bom argumentista, é um bom actor (um Adam bastante convincente)... Porém, estes pontos positivos não chegam sequer, para o comparar à obra-prima Seven.
Porque Seven só há um e Saw vai ter uma (temida) sequela...

Filme de: 15 valores (0/20)
O melhor: Leigh Whannell e James Wan. “Jigsaw” e a montagem rápida de todo o filme.
O pior: Cary Elwes e os diálogos emocionais pai-filha.

Elenco: Cary Elwes (Dr. Lawrence Gordon); Leigh Whannell (Adam); Monica Potter (Alison Gordon); Danny Glover (Det. David Tapp); Ken Leung (Det. Steven Sing); Michael Emerson (Zep Hindle); Tobin Bell (Jigsaw); Mackenzie Vega (Diana Gordon); Shawnee Smith (Amanda)
Argumento: Leigh Whannell
Realização: James Wan
Género: Thriller
Duração: 102 minutos

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Sara